A chegada da matriz à puberdade é marcada pelo primeiro cio fértil. A idade de ocorrência é influenciada por algumas variáveis – sendo a alimentação a mais importante – mas também são utilizados manejos para estimular o aparecimento do primeiro cio.
No sistema tradicional de estímulo inicia-se a exposição da fêmea ao macho entre os 140 e 150 dias, quando a fêmea é colocada em contato com o macho para ser estimulada pelos feromônios presentes na saliva deste. A exposição ao macho deve ser diária, conduzindo-o para dentro da baia, preferencialmente duas vezes ao dia, permanecendo de 10 a 15 minutos, para que se tenha os resultados esperados. Para obter melhores resultados com a estimulação é fundamental que o macho seja maduro (mais de 11 meses de idade), tenha o tamanho adequado para o manejo das marrãs e uma alta libido.
No manejo de estímulo tardio, as marrãs são alojadas em uma área sem qualquer contato com os reprodutores (machos maduros), até os 200 dias de vida. Nessa idade inicia-se o estímulo ao cio (efeito surpresa). Esse manejo tem como principal vantagem a redução significativa da mão de obra destinada ao estímulo de cio com rufiões, já que reduz entre 60 e 50 estímulos diários, de 10 a 15 minutos por baia. Outra vantagem é a padronização na idade e no cio de cobertura das marrãs.
Independente do sistema de estímulo adotado, sabe-se que as leitoas que não apresentam cio após um correto estímulo à puberdade necessitarão ser induzidas hormonalmente para que sejam inseminadas, havendo uma tendência a apresentarem menores índices de concepção. Assim, é imprescindível um correto estímulo à puberdade para que seja possível descartar rapidamente as fêmeas que não apresentam cio, uma vez que seriam subférteis e, se inseminadas, provavelmente fariam parte do grupo menos produtivo de matrizes. Dessa forma, garante-se a introdução no plantel apenas de leitoas com alto potencial reprodutivo.
Fonte:
PINHEIRO, R.; Manejo da leitoa da fase pré-puberal à cobertura. In: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE SUÍNOS, Produção de suínos: teoria e prática. Brasília, DF, 2014. p 263-264.
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